Filmes e séries
O Ano em que meus pais saíram de férias (2006)
Direção: Cao Hamburguer
Disponível no Youtube
O ano em que meus pais saíram de férias tem como protagonista o pequeno Mauro (Michel Joelsas), cujos pais Bia (Simone Spoladore) e Daniel (Eduardo Moreira) certo dia, decidem viajar inesperadamente, saindo de Belo Horizonte e tendo que deixar o filho com o avô Motel, em São Paulo, no bairro do Bom Retiro. Mauro, sem saber o que se passa, apenas ouve de seus pais “tem que ser assim” e “a gente não está fazendo isso porque a gente quer”. Quando pergunta quando eles voltam, o pai, Daniel, responde “na Copa a gente volta”. O grande aguardo de Mauro, em todos os sentidos era a Copa de 1970. O Brasil, com um time jamais visto, mostraria ao mundo o futebol-arte com nomes como Tostão, Carlos Alberto, Jairzinho e Pelé, é claro. E , ao mesmo tempo, seria a hora em que seus pais voltariam. O filme vai mostrar o acolhimento que o Bom Retiro proporcionou a Mauro. A sinagoga, o velho Schlomo (Germano Haiut), Hanna (Daniela Piepszky), Ítalo (Caio Blat) e Irene (Liliana Castro), todos de sua maneira, fazem parte de um momento marcante da vida de Mauro
Por trás de tudo isso, está a sua pergunta: onde estão os pais? Em meio à euforia de uma Copa do Mundo, surgem as marcas de uma brutal ditadura militar. O filme é tocante. Toca, para muitos, a infância e , principalmente as marcas de uma ditadura militar. Em meio ao futebol, os amores e as brincadeiras de criança, está essa sombria ditadura e o paradeiro de seus pais.
Sinopse feita por Pedro Azeredo (@filmes_formidaveis no instagram)
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Macunaíma (1969)
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Disponível no Youtube
Macunaíma, personagem inspirado na obra do escritor Mário de Andrade, é um herói preguiçoso, obsceno e sem caráter. Ele nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto deixa o sertão em companhia dos irmãos e vive aventuras na cidade. Macunaíma ama guerrilheiras e prostitutas, enfrenta vilões milionários, policiais e personagens de todos os tipos.
O filme aborda conceitos tais como imperialismo a modernidade e o mundo do trabalho.
É interessante para todos, mas para quem leu o livro ou acompanha a obra literária de Mário de Andrade se surpreenderá com a releitura cinematográfica feita por Joaquim Pedro de Andrade!
Sinopse modificada do site: http://www.adorocinema.com/
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Caliphate (2020)
Direção: Goran Kapetanović
Disponível no Netflix
Esta série sueca original do Netflix, lançada em janeiro de 2020, é construída ao redor do tema de fanatismo religioso, tendo como objeto de aprofundamento a religião islâmica. O seriado se desenvolve ao redor de três histórias principais que se conectam conforme os episódios. Uma parte do enredo fala sobre a história de Pervin, uma mulher sueca que se muda para o Estado Islâmico quando nova mas acaba por se arrepender e entra em contato sigiloso com a polícia sueca para que ela e sua filha quase recém-nascida possam fugir e retornar à Suécia. A personagem de Pervin exala muitas das angústias e provocações que a série traz em relação à posição da mulher em uma sociedade conservadora e um dos temas mais profundos e instigantes presentes que é o medo da morte. A policial sueca com a qual Pervin se comunica é o outro terço do enredo: Fátima. Esta é uma personagem forte, que demonstra muito da aproximação europeia com os problemas envolvendo a religião muçulmana, que é uma aproximação, por muitas vezes, carregada de preconceitos e interesses externos.A terceira história é também muito tocante. Ela se desenvolve ao redor de uma família sueca cujas filhas, de 15 e 13 anos, influenciadas por um auxiliar da escola (Ibrahim), começam
a se interessar pelo islã e a repudiar todos os europeus que se posicionam contra o E.I. As meninas, Sulle e Lisha, refletem muito do que a geração Z sofre com abusos nas redes sociais, uma vez que ambas se informam a respeito da religião aravés de fontes como Google e Youtube e, claro, sempre procurando a opinião mais parecida com as suas.
A temática da série assim como sua cinematografia é muito profunda e amedrontadora, uma espécie de thriller. Definitivamente não recomendo para quem é sensível em relação à violência física, sexual e moral, já que a série demonstra esse tipo de situação corriqueira no ambiente de Pervin. Por outro lado, ela serve como um agente muito sensibilizador e questionador acerca do mundo atual e das posições que ocupamos.
Sinopse por: Luíza Villavicencio